terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Lama do Sarney

Mais uma vez me sinto lesado pelos os políticos dessa nação. Fico perplexo diante do noticiário. O que são 11 acusações? Diante de um senado cheio de lama. Ora que saudades do PT do contra! Hoje temos um PT maquiado. Lula gostou do jeitinho, não faço barulho, não incomodo ninguém e conseqüentemente ninguém me incomoda e ano que vem elegem a Dilma Rousseff e tudo continua como está. E nós brasileiros temos que simplesmente colocar as orelhas de “burros” e viramos de costas esperando o próximo festival de pizza. Vamos povo brasileiro! Vamos aplaudir a vergonha do PT que antes, bem antes de eleger um presidente, era de oposição, hoje seu líder grita: “Seria uma hipocrisia eu ler uma nota com a qual eu não concordo”. Hipocrisia somos nós continuarmos como espectadores de um pântano chamado Senado que nos fazem engolirmos caranguejos porque os sapos da lagoa já engolimos todos.  Até quando vamos deixar que carimbe em nossa testa, “ele rouba mais faz”? Dessa “briga” no Senado nós brasileiros podemos acreditar em uma única coisa: A gripe A H1N1 essa sim é verdadeira e mata.

domingo, 25 de julho de 2010

O preço de uma escolha!



O sinal tocou e todos saíram correndo para o pátio da escola. Ana sentou em um local isolado, pegou seu diário e começou a escrever os seus pensamentos. Apesar de ter dezesseis anos, gostava de escrever a sua vida.
Suas amigas a condenava por isso, e também por ela ainda ser virgem; com se isso fosse uma doença, e na verdade, isso também a incomodava, queria sim, sentir o que as amigas falavam para ela, essa coisa boa que é o sexo, queria arrumar um namorado, o seu príncipe, mas só encontrava sapo!
O sinal bateu e ela voltou para aula, e recebeu a noticia que o professor havia faltado, pegou suas coisas e saiu, viu sua amiga conversando com dois caras e foi falar com ela.
Oi Ana!
Esse é o Roberto meu namorado e esse é o Rafael amigo dele.
Ela os cumprimentou e foi para casa, o Rafael a seguiu, e começou a puxar conversa, pensou: mais um sapo querendo me beijar! Respondia com frases pequenas para a conversa acabar logo, mas Rafael insistia e a venceu pelo cansaço: deu um beijo nele para ele a deixar em paz.
No outro dia ao sair da aula, o raio de Sol ofuscava um pouca a vista dela, mas mesmo assim viu o que não queria ver. O Rafael deveria ter uns vinte e dois anos, vestia de modo estranho, falavam em giras, não parecia nada com o príncipe que ela sonhava. Antes de concluir seu pensamento ele veio e a beijou. Ela ficou parada, não esperava!
Ele a pegou pela mão e levou para sentar em um ponto de ônibus. Pensou ela: - muito romântico isso! Eles falaram de tudo, o Rafael muito engraçado, ela nem viu o tempo passar, e dali surgiu um namoro. Sonhava que um dia seu sapo virasse um príncipe!
Tudo segui bem, todo dia Rafael a esperava na porta da escola e ela ficava namorando com ele, conversando, dando risada, estava feliz, e o Rafael já não era tão feio como no inicio, tudo seguia bem, até Rafael vencer ela pelo cansaço pela segunda vez.
Ela aceita ir para casa dele depois da aula e aconteceu o que Ana sabia que ia acontecer, ela perdeu a virgindade, não foi nada de conto de fada, nada prazeroso, mias não importava para Ana, o que importou mesmo foi que daquele dia em diante, não tinha mais conversa demorada no ponto de ônibus, beijos gostosos na porta da escola, era sempre a mesma coisa, saia da escola e ia para casa dele.
Depois de um tempo Ana começou a gostar de fazer sexo com ele. Ana gostava daquela vida de namorada, de manha estudava e a tarde ficava com ele.
Um belo dia percebeu que a menstruação não vinha, os dias passavam e nada, os enjôos começaram, a tontura a derrubava, e o mundo desabou sobre ela, foi confirmado. Ana estava grávida!
Seu pai a expulsou de casa. Foi morar na casa do namorado, outra vez invadiram seu conto de fada, morava em uma casa grande, tinha seu quarto, geladeira farta, e se viu morando em uma casa de dois cômodos, que morava, uma família de quatro e com ela cinco pessoas, e ali começou a transformação em sua vida, nunca havia passado fome e começou passar, o pouco dinheiro que tinha comprava bolacha escondia para comer quando todos dormiam, mas estava apaixonada e a paixão agüenta tudo, até pegar o dinheiro que ganhava, por que começou a trabalhar na feira, e sustentar a casa. Seu namorado não conseguia emprego, o mercado tava difícil, dizia ele.
Morando ali descobriu que seu príncipe não prestava, se envolvia com drogas, que já tinha um filho com outra mulher. Como ela foi boba! Por que não viu isso antes, uma pessoa que fica meio dia na porta da escola esperando as adolescentes sair da aula, quando deveria está trabalhando, o que se pode esperar de uma pessoa dessa?
Com muita luta sua filha nasceu, uma menina linda, era mágico ser mãe. Dali seus problemas só aumentaram passou tanta necessidade que seu pai ficou com remorso e a levou de volta para casa, chorou por perceber que sua casa não era mais o castelo que ela deixou, saiu da casa como princesa, e voltou mãe, seu pai rígido que era, falou:
- Você voltou para minha casa, mas agora você vai viver exclusivamente para sua filha!
Eu não sabia o que era isso, mas aprendi, quando minha filha acordava, eu tinha que está acordada com o leitinho dela feito.
Sexta-feira minhas amigas todas felizes se arrumando para ir se divertir na noite bonita que se formava, eu olhava para lua e antes de concluir meus pensamentos escuto o choro da minha filha e fui fazer a mamadeira dela e colocar ela para dormi, eu sentei na cama e fiquei imaginando onde minhas amigas estavam e o que faziam e bateu uma tristeza.
O mundo tinha se transformado para mim, virei mãe quando na verdade eu só queria transformar um sapo em um príncipe, me vi uma menina ter que criar uma filha sozinha, ter que ser mãe quando eu queria era me divertir, sair, curtir e conhecer meu verdadeiro príncipe!
Um dia Ana resolveu sair com suas amigas e levou a filha com ela, que já estava um pouco grande, foi quando ela sentiu realmente o que tinha feito com sua vida, os erros que ela cometeu vieram naquela hora, suas amigas se divertindo, dançando, beijando, e ela sentada com sua filha no colo, foi nesse dia que entendeu o que era viver exclusivamente para sua filha, simplesmente levantou e foi para casa, depois desse dia ela não sai mais e vivia só para filha.
Ela gritou para si mesmo: - a minha vida mudou, eu perdi a melhor fase da minha vida, a minha juventude, por não ter me cuidado e ter usado camisinha, quando eu aceitei fazer com ele sem camisinha eu estava mudando a minha vida naquele momento, a vida dele continuou a mesma, por que geralmente quem cria filho é a mãe! Hoje a minha filha tem dez anos, tudo é diferente, ela é mais minha irmã do que minha filha, fico pensando o que teria sido de mim se meu pai não tivesse me acolhido de volta.
Ter filho é ótimo! Mas planejado, dentro de um lar como uma família.
Use camisinha e não deixa um único momento mudar toda a sua vida!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Mãe!





Escolhi em todas, uma, que um dia ia ser a minha guia.
Inocente, tentando entender o porquê de nascer,
e em seu seio sobreviver.

Continuei a observar esse olhar que sempre vinha a me admirar,
senti no calor da sua mão me acariciar.

Lá dentro não conseguia raciocinar
o porquê de esperar
nove meses para seu rosto observar.

Comecei a chutar,
e de alegria ela veio me acariciar,
senti seu amor me acalmar.

Quantos sonhos que eu imaginei sem ao menos gritar, ou falar,
mas meu coração veio chamar
essa pessoa que vem me carregar,
sinto que ela sabe o que é amar.

Dias passaram.
Ela me leva de um lado para outro sem reclamar,
eu não agüento esperar,
quero ver seu rosto me amar.

Fico triste porque ela precisa trabalhar
e seus pés inchar,
e meu peso aumentar,
e seu corpo transformar,
mas não deixo de sentir o seu jeito de me amar.

Queria dizer que seu esforço um dia eu vou recompensar,
que alegria eu ainda vou dar,
não consegui gritar,
mas um chute eu vou dar,
e ela de novo veio me acariciar,
tenho certeza que ela sabe
que eu vou amar.

Chorei de alegria por que ela sorria,
como se tivesse ouvido as minhas desculpas
por fazer do seu corpo meu lar,
e de seu coração o meu habitar.

Ouvi seu grito,
e a correria começar,
uma bolsa estourar,
tremia de medo ao sentir sua dor a gritar.
E uma mão me pegar.

Quem queria do calor dela me tirar?
A raiva começou a apertar,
dela não quero mais largar,
o amor que ela ensinou em mim está,
mas ele continuou a me tirar,
chorei ao sentir o ar,
mas acalmei ao sentir seu olhar a me admirar,
e seu amor em mim eternizar.

Entendi o verdadeiro amor de mãe que tanto eu escolhi
e nos seus braços eu percebi
seu coração explodir
de emoção ao me sentir,
e ali eu permaneci
e naquele coração para sempre eu vivi.

Mãe!
Hoje eu vou sorrir
por que no seu coração eu sempre vou existir.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Só por hoje...


Era um domingo qualquer desses domingos que não chove e nem faz sol e a garoa fininha roubava toda cena. Estava em casa. Minha mãe, vaidosa que é, foi passear no shopping comprar um modelo novo de sandálias. Meu pai trancado no escritório relendo relatórios enquanto eu no sofá trocando canal da televisão. Peguei o telefone e liguei para um amigo. Maldito telefonema, pois ali começou tudo! Nos encontramos em uma praça. Era estréia da banda de um amigo nosso e eu nos meus dezesseis anos de vida, nunca tinha fumado nenhum cigarro.
Fiquei assustado quando olhei todos vestidos de pretos e eu de camisa laranja, eles deram risada, mas me aceitaram no grupo e fomos para a festa.
Estava empanturrado de tanto beber, mas não poderia parar, afinal, eu sou um homem e um homem não pode parar de beber primeiro que o outro!
Um da mesa sacou um saco plástico com um pouco de pó branco dentro. Eu não sabia o que era, mas era algo muito bom pela gritaria de todos. Ele tirou um cartão fez várias carreirinhas e cada um cheirava um pouco. Percebi que era droga. Ao chegar a minha vez, lembrei das palavras do meu pai:
- Droga é ruim, não entre nessa!
Fiquei parado olhando para a droga e toda a mesa me olhando.
- Vai amarelar? Ou melhor, com essa camisa é “laranjar”. Todos caíram na risada.
Eu desistir de alguma coisa? Nunca! Eu sou um homem!
Abaixei e cheirei tudo até o final e fui aplaudido. Senti meu nariz arder, meu corpo mudar, fiquei mais leve. Fui me soltando mais, sentindo mais divertido, mais alegre, subiu uma sensação de alegria, e aquilo foi ficando cada vez melhor e melhor. Era uma sensação que não conseguiria explicar; um êxtase de um orgasmo multiplicado em dez vezes.
Meu pai era um imbecil! Droga é a melhor coisa do mundo. Ficamos ali cheirando a noite toda e aquela foi a melhor noite da minha vida.
Acordei no outro dia em casa com minha mãe brigando comigo, uma dor de cabeça e uma ressaca infernal, prometi para mim mesmo que nunca mais ia beber.
Lembrei da droga e minha mente queria mais, pedia aquela sensação de novo.
Liguei para meu amigo e ele me explicou como encontrar a droga. Depois daquele dia virei freqüentador nato de favelas e mergulhei de cabeça no sonho que as drogas me davam: se meu time perdesse, eu usava porque estava triste; se ele ganhasse, eu usava para comemorar.
Cheguei a um ponto que não era eu que usava a droga, mas sim ela que me usava. Eu não trabalhava e o único jeito de conseguir dinheiro era roubar a carteira do meu pai, a bolsa da minha mãe, e quem leva a culpa era a empregada.
Ganhei um tênis da Nike original do meu pai de aniversário, não sei quantas molas, caríssimo. Vendi na boca por cinqüenta reais e cheirei-o em um dia. Vendi tudo que tinha. Até a televisão do quarto eu cheirei na boca. Emagreci, perdi ano na escola, minha mãe entrou em depressão, meu pai não falava mais comigo e não tinha amigos.
Precisava cheirar e não tinha dinheiro. Rasguei a roupa, fiquei descalço e saí pedindo dinheiro na rua, o que consegui não dava para comprar a droga.
Conversei como dono da boca, ele deixou para pagar no outro dia. Porém, no outro dia queria mais droga e o dinheiro que arrumei não dava para pagar a do dia anterior. Esperto que sou! Pensei em partir para outra boca.
Ontem o dia estava quente, sai para passear sem rumo; estava chegando na porta da casa da minha namorada quando o traficante me achou me deu um soco que me fez cair no chão e me jogou dentro do carro.
Chegamos em um galpão. Ele começou a me bater que quebrou três costelas minhas, me colocou de joelhos e com a arma apontada na minha cara, pedia o dinheiro dele. Eu não tinha mais nada de valor; comecei a chorar a pedir desesperadamente pela a minha vida. Sentia o ódio dele em cada palavra que gritava no meu ouvido.
Sabia que ia morrer!
Sentia a bala entrando na minha cabeça, gritava, mas ninguém me ouvia. Os que estavam ali com ele começaram a dar risada; pensei em como o mundo das drogas é cruel: as pessoas sempre estão dando risadas de você, comemoram quando você entra e também dão risada pelo seu fim. Fechei os olhos esperando a morte quando ouvi a voz da minha namorada gritando:
- Não faça isso pelo amor de Deus!!!!
Abri meus olhos e não conseguia enxergar direito mais a reconheci; fiquei pior ainda, pois a única pessoa que não me abandonou iria morrer pelo meu erro.
O traficante pegou-a:
- Que bonitinho vai morrer juntos!
- Por que vai matar meu namorado?
- Ele me deve!
- Deve quanto?
O cara que ia me matar nem sabia do valor que eu o devia. Pegou o caderninho dele e verificou o meu nome
- Doze reais.
Eu comecei a chorar. Minha vida valia dozes reais.
Ela gritou:
- Eu pago! Eu tenho dinheiro!!
O traficante virou e disse para mim:
- Deveria matar você somente pelo fato de tentar me enganar. Mas a sua namorada me fez lembrar da minha que está grávida e em nome dela vou atender o pedido da sua.
Ele virou e foi embora.
A essa hora era para eu esta no caixão e minha namorada chorando no meu velório. Mas graças ao amor da minha namorada me livrei da morte. Contudo, busco me salvar do mal que me mata todos os dias um pouco: as drogas.
Sempre há uma chance de recomeçar!
Essa história eu criei. A sua está nas suas mãos. Se você não conseguir sozinho, procure um N. A. (Narcóticos Anônimos).