quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Eitâ português confuso!


   A língua portuguesa é uma verdadeira confusão em minha mente, começando com a briga dos teres ou haveres, teres é bem moveis, haveres é bem imóveis. A  Empresa é um bem imóvel, e quando a empresa muda de estado? Opa! E agora? Ela é teres ou haveres? Essa é a melhor! Porque separado escreve tudo junto e tudo junto escreve separado? E o pleonasmo de sair para fora ou entra para dentro, misturado com o Silogismo, Sofismo, Epiquerema e Entinema, cacografia e cacófato... Calma leitores, não estou ó ofendendo, são apenas figura de linguagem. Nossa! E os porquês! Uso por que junto ou porque separado? São tantos porquês, que não entendo o porquê de tantos porquês. E a crase, ou confusão! Se volta da Bahia, leva crase, porém, se volta de Fortaleza, não leva crase, sendo assim posso afirmar que: se volta da, leva crase, se volta de crase para que? A conclusão de tudo isso, é que apenas sei que no final, nada sei, mais como dizem os brasileiros: - Português nós sabe...

Osvaldo Valério

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A Dor de Áries


No campo de batalha ouvi-se gritos de sofrimento e dor, homens caídos ao chão, sangue corria como um pequeno córrego com suas águas tristes. Áries parou de lutar, olhou para seu oponente caído em seus pés e a sua espada encoberta de sangue perdendo o brilho do metal. O som agudo da trombeta soava ao vento que levava ao ouvido de todos o gosto de mais uma vitória invicta misturada com o sangue jorrado pelos seus inimigos.
Os soldados levantaram sua espada ao som do grito de vitória correram ao encontro do seu General.  Áries permanecia calado olhando fixamente para sua espada que refletia os corpos caídos ao chão. Os soldados pararam em frente do General esperando ouvi as palavras de vitória, porém o General permanecia em silêncio. - General?Gritou um soldado. Áries ergue sua espada lentamente e da sua boca soou uma voz triste: - Voltem para suas casas, à guerra acabou. Baixou a espada e se virou para ir embora, quando da multidão surgi uma voz: - Passamos frio, fome, estamos a um ano longe de nossa casa, esposa e filhos, damos a nossa vida em seu favor, vencemos uma guerra em seu nome e quando finalmente terminamos você apenas manda nos voltar para casa? Áries virou lentamente para os soldados, cravou sua espada no chão, uma gota de sangue escorria lentamente dela em busca de apoio. - Soldados?- Olhem para vocês, suas roupas, as suas espadas, olhem em volta de vocês, quantas mães estão chorando agora? Quantos filhos estão sem pai? Quanto sangue foi derramado? E vocês pedem para eu comemorar? - Fomos treinados pelo senhor, matamos em seu nome. Os olhos de Áries lacrimejavam, todos na multidão esperavam uma resposta. - Esse fato me incomoda, Deus me deu o poder da luta, da determinação, e da glória das vitórias, mais eu não vejo mais sentido na guerra pela a espada, lutar pelas idéias de um homem que permanece sentado em um trono e não conhece o gosto do sangue do seu inimigo e também não ouve o que nós ouvimos antes de dormi a vozes de piedade balbuciado por eles ao cair ao chão, não sente o olhar de seu inimigo morrendo em sua espada. - General o Senhor quer que abandonemos tudo que aprendemos até agora? Esta sendo injusto com toda essa gente. Gritou o soldado. O General olhou nos olhos dele. Arrancou a espada do chão ergue-a mais alto que pode, seus olhos foi de encontro aos pássaros que voavam em cima da carniça estendido pelo campo de batalha, gritou bem alto para que todos ouvisse. - Essa espada meu deu glória, fama e riqueza, porém ela me deu uma dor no coração que nada pode arrancá-la, carrego comigo todas as vidas que tirei, estou deixando vocês, não quero que ninguém me acompanhe, vocês nunca mais ouviram falar de mim. No trono vão dizer que sou covarde, mais o verdadeiro covarde é aquele que levanta sua espada para o seu próximo, tem que ter muita coragem para baixá-la quando a situação pede que a levantemos. Sei que vocês não vão entender a dor que estou sentindo, para entender a dor de um general que tem o poder de decidir entre a vida e a morte é igual o Mar temos que mergulhar em suas profundezas para sentir o sabor da suas águas. Antes que alguém respondesse, Áries assobiou e seu cavalo branco veio correndo em sua direção, ele montou no cavalo olhou para todos os soldados que o observava, soltou sua espada, o som do metal com a terra quebrando o silêncio do momento. O Soldado abaixou pegou a espada ergue e virou para todos. - General nós vamos continuar a lutar pela sua espada, enquanto houver um pingo de bronze nela nos relembraremos o seu nome, buscaremos na ponta da espada entender a sua dor e porque está nos abandonando e em uma só voz todos gritaram: - Viva o Áries nosso guerreiro.  O Som das vozes humanas foi à espora que acelerou o seu cavalo que saiu a disparada cortando a relva molhada levando o Áries ao encontro de sua dor.

 Osvaldo Valério

 

 

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

CORRA! O PLANETA TERRA VIROU LAMA.

João pega sua pasta, desce correndo as escadas da sua mansão, para mais um dia de reverência ao capitalismo. Abre aporta que dar acesso à rua, a expressão em seu rosto mudou consideravelmente. Ficou estatizado com o cenário que seus olhos registraram, era a destruição do Planeta Terra, na porta de sua casa. As árvores e o solo secos e rachados pelos os raios de Sol que em contato com o asfalto faiscavam e destruíam como uma arma movida a laser. O cenário de destruição deixou-o apavorado. Sua pasta escorrega de sua mão caindo ao solo seco. Suas pernas saem disparadas pela avenida deserta, corria sem saber para onde o aquém recorrer. O calor era tanto que seu corpo transbordava de suor. Tira seu paletó e sua camisa jogando os no asfalto. A névoa de fumaça que o perseguia foi se dispersando e dando forma ao um outdoor, ele aumentou a velocidade para fugir do que via, mas o outdoor o acompanhava, letras piscando foi formando uma frase no fundo ressecado do outdoor. “O homem desmata as florestas, poluem o ar para acumular riquezas ”. E em segundos o outdoor foi encoberto pela nevoa. Continuou a correr mais rápido, seus sapatos grudavam no asfalto quente dificultando-o, seu corpo pedia água pelo desgaste sofrido. Avistou de longe uma torneira no meio da destruição, o local só poderia ter sido um posto de gasolina por haver um pedaço de uma bomba jogada aos entulhos, ofegante abre a torneira, ouve um barulho, e na esperança de sair água, fecha seus olhos e estende suas mãos, sentia a leve macieza da água antes mesmo dela tocá-lo. O barulho foi aumentando, e em suas mãos foram arremessado um monte de baratas que corriam pelos seus braços tomando-o por inteiro, desesperado começa a balançar os braços jogando as baratas longe. A névoa foi dispersando e o outdoor surgiu, as letras começaram a se mexer com se estivesse conversando com ele.“Em nome ao capitalismo o Homem poluem os rios e desperdiça água potável. O que fará ao abrir a torneira e não sair mais água?” Antes dele completar o raciocínio, as letras voltaram a se mexer velozmente flutuando no ar e fazendo circulo em volta da sua cabeça e parando a tua frente. Sua narina ressecada detector que o ar estava poluído, seu pulmão ofegava a procura de ar puro, o corpo não agüentou, e seus joelhos se curvaram. As letras paradas começaram a se mexer, seus olhos vermelhos lacrimejante ainda conseguia ver o pouco que a nevoa não encobria, frases foram se Formando. “Acharam que podia viver sem árvores! Acabaram com as florestas”. “Acharam que podia viver sem água! Poluíram os rios.” “Acharam que podia viver sem ar! Tornando-o irrespirável”. “Preocuparam tanto com a tecnologia que esqueceram de preservar a casa aonde mora”.  Seu pulmão já não agüentava mais e com pouca consciência que restava conseguiu pensar: - QUAL O HOMEM QUE TEVE A CORAGEM DE FAZER ISSO COM O NOSSO PLANETA? As letras aumentaram a velocidade e foram caindo ao chão uma a uma, ao restar apenas quatros, foi diminuindo a velocidade e formando a resposta da pergunta dele, o homem que fez isso foi: - VOCÊ. Sem condição de reagir à resposta o seu tronco caiu, sua cabeça tocou ao chão junto com as quatros ultimas letras e ai tudo se apagou. João acorda assustado e vai até o banheiro, olha no espelho e começa a relembrar o sonho. O que aquelas palavras queriam dizer? Será um aviso que o Planeta estar virando uma lama de destruição? Mais se for um aviso! O que posso fazer? Tenho minhas idéias de preservação ambiental, mas, só apenas mais um no meio a multidão! Abre a torneira devagar, preocupado com o que poderia sair, mas se alegrou com o jorro de água cristalina que surgiu, jogou água no rosto e voltou para sua cama, acompanhado pelos pingos da torneira que deixou aberta. Envolvido pelo som da torneira, reflete no espelho a imagem ofusca do autdoor: “Não adianta ter pensamentos de preservação ambiental, e querer salvar o mundo, se não conseguimos praticá-los em nossa própria casa”. No outdoor as letras começaram a se mexer, formando uma árvore e nela estava escrito: - SALVE-ME.   Osvaldo Valério

Apenas uma companhia!


Quando a solidão bate a porta, ela exprime na fechadura e insisti tanto que acaba entrando. Olhei para o telefone que não toca há dias. O controle da Televisão funciona sozinho ao trocar de canal. Peguei o carro e saí sem rumo em uma noite quente de sábado. Os barzinhos estavam lotados, casais apaixonados conversavam. Olho para o banco do passageiro e continuava vazio. Peguei o celular, ia ligar para ex-namorada, mais a ex não era uma companhia, mais sim, uma adversária de uma disputa que duraram 3 anos. Mais adiante havia uma fachada vermelha piscando, dei seta para entrar, porém mudei de idéia. Pagar pela companhia de uma mulher era fora dos meus princípios e humilhante para qualquer homem que se preza. Continuei em baixa velocidade esperando os faróis fechar para demorar mais minha andança pela cidade, observava os carros passando apressadamente, não entendia o porquê de tanta pressa se corremos para ficar mais tempo parado no mesmo lugar! Sentei no sofá da sala e fiquei a imaginar, quantas pessoas estavam agora procurando a mesma coisa que eu. A sirene da campainha toca, ao abrir a porta deparo com minha vizinha. - Tem açúcar? Timidamente eu resmunguei: - Se não tiver, eu arrumo! Sente que vou buscar. Fui em direção a cozinha pensando, não precisava ter rodado a cidade toda, bastava ter ido ao apartamento ao lado, por que ali havia uma pessoa procurando a mesma coisa que eu... Apenas uma companhia...  

Osvaldo Valério

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Simplesmente Mulher



 

Nascemos e somos entregue nos braços de uma mulher, somos banhados pelo choro da emoção e envolvido pelo amor da nossa mãe. Somos acostumados a viver envolta de uma mulher, nos amando, nos vigiando e ensinando a verdade da vida. Essa que se alegra a nossa chegada e chora com nossa partida, mais não perde o charme de ser mulher, exala seu perfume florido por onde passa purificando o ar que nos rodeia e buscando na estranheza do seu ser a paciência para agüentar nosso descontrole nos momentos mais difíceis. Mulher que tem a coragem de perdoar coisa hedionda por acreditar na força do amor, porém tem a frieza de levantar seu punho para atacar quem duvida do seu sentimento. Ela canta, dança, luta, trabalha, cuida das crianças e no meio a correria ainda consegue deixar a casa arrumada. Mulher que um dia sofreu pela injustiça da ditadura masculina e no meio de lagrimas de sofrimentos conseguiu conquistar seu espaço e mostrar sua força cada vez crescente, essa mesma que precisou morrer pela chama do fogo da escravidão para o mundo perceber o quanto era injustiçada e que elas não merecem se lembradas apenas um dia, mais o ano todo por carrega no ventre a dádiva da vida e no coração a fonte inesgotável de amor. Que o dia hoje seja mágico como o olhar suave de uma mulher. 



          Osvaldo Valério