terça-feira, 13 de janeiro de 2009

CORRA! O PLANETA TERRA VIROU LAMA.

João pega sua pasta, desce correndo as escadas da sua mansão, para mais um dia de reverência ao capitalismo. Abre aporta que dar acesso à rua, a expressão em seu rosto mudou consideravelmente. Ficou estatizado com o cenário que seus olhos registraram, era a destruição do Planeta Terra, na porta de sua casa. As árvores e o solo secos e rachados pelos os raios de Sol que em contato com o asfalto faiscavam e destruíam como uma arma movida a laser. O cenário de destruição deixou-o apavorado. Sua pasta escorrega de sua mão caindo ao solo seco. Suas pernas saem disparadas pela avenida deserta, corria sem saber para onde o aquém recorrer. O calor era tanto que seu corpo transbordava de suor. Tira seu paletó e sua camisa jogando os no asfalto. A névoa de fumaça que o perseguia foi se dispersando e dando forma ao um outdoor, ele aumentou a velocidade para fugir do que via, mas o outdoor o acompanhava, letras piscando foi formando uma frase no fundo ressecado do outdoor. “O homem desmata as florestas, poluem o ar para acumular riquezas ”. E em segundos o outdoor foi encoberto pela nevoa. Continuou a correr mais rápido, seus sapatos grudavam no asfalto quente dificultando-o, seu corpo pedia água pelo desgaste sofrido. Avistou de longe uma torneira no meio da destruição, o local só poderia ter sido um posto de gasolina por haver um pedaço de uma bomba jogada aos entulhos, ofegante abre a torneira, ouve um barulho, e na esperança de sair água, fecha seus olhos e estende suas mãos, sentia a leve macieza da água antes mesmo dela tocá-lo. O barulho foi aumentando, e em suas mãos foram arremessado um monte de baratas que corriam pelos seus braços tomando-o por inteiro, desesperado começa a balançar os braços jogando as baratas longe. A névoa foi dispersando e o outdoor surgiu, as letras começaram a se mexer com se estivesse conversando com ele.“Em nome ao capitalismo o Homem poluem os rios e desperdiça água potável. O que fará ao abrir a torneira e não sair mais água?” Antes dele completar o raciocínio, as letras voltaram a se mexer velozmente flutuando no ar e fazendo circulo em volta da sua cabeça e parando a tua frente. Sua narina ressecada detector que o ar estava poluído, seu pulmão ofegava a procura de ar puro, o corpo não agüentou, e seus joelhos se curvaram. As letras paradas começaram a se mexer, seus olhos vermelhos lacrimejante ainda conseguia ver o pouco que a nevoa não encobria, frases foram se Formando. “Acharam que podia viver sem árvores! Acabaram com as florestas”. “Acharam que podia viver sem água! Poluíram os rios.” “Acharam que podia viver sem ar! Tornando-o irrespirável”. “Preocuparam tanto com a tecnologia que esqueceram de preservar a casa aonde mora”.  Seu pulmão já não agüentava mais e com pouca consciência que restava conseguiu pensar: - QUAL O HOMEM QUE TEVE A CORAGEM DE FAZER ISSO COM O NOSSO PLANETA? As letras aumentaram a velocidade e foram caindo ao chão uma a uma, ao restar apenas quatros, foi diminuindo a velocidade e formando a resposta da pergunta dele, o homem que fez isso foi: - VOCÊ. Sem condição de reagir à resposta o seu tronco caiu, sua cabeça tocou ao chão junto com as quatros ultimas letras e ai tudo se apagou. João acorda assustado e vai até o banheiro, olha no espelho e começa a relembrar o sonho. O que aquelas palavras queriam dizer? Será um aviso que o Planeta estar virando uma lama de destruição? Mais se for um aviso! O que posso fazer? Tenho minhas idéias de preservação ambiental, mas, só apenas mais um no meio a multidão! Abre a torneira devagar, preocupado com o que poderia sair, mas se alegrou com o jorro de água cristalina que surgiu, jogou água no rosto e voltou para sua cama, acompanhado pelos pingos da torneira que deixou aberta. Envolvido pelo som da torneira, reflete no espelho a imagem ofusca do autdoor: “Não adianta ter pensamentos de preservação ambiental, e querer salvar o mundo, se não conseguimos praticá-los em nossa própria casa”. No outdoor as letras começaram a se mexer, formando uma árvore e nela estava escrito: - SALVE-ME.   Osvaldo Valério

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